sábado, 19 de janeiro de 2008

Filtro Solar

Célula


Delimitada por uma barreira selectiva qb para só deixar entrar e/ou sair aquilo que quer. Portas adentro, um núcleo tb ele circunscrito pela importância das suas funções de comando, e a partir do qual se emanam ordens explícitas para a correcta articulação de todas as funções que dão corpo ao propósito inicial para a qual foi previamente programada (comunicação em linguagem DNA). A dádiva individual, num contínuo e inaudito esforço para manutenção da sua existência viva, tem em conta o projecto mais amplo em que esta unidade básica se insere, ié, na estrutura tecido (animal ou vegetal).
Toda e qualquer acção no seu interior, fica a cargo de inúmeras enzimAS (feminino!), entidades altamente especializadas nas mil e uma tarefas necessárias. De acordo com a imprescindibilidade das mesmas e da sua natureza predominantemente proteica, a célula não dispensa de centros de fabrico próprios (complexo de golgi, ribossomas, etc) para as suprir em continuo, alimentados por (bio)geradores energéticos (mitocôndrias). A saber, existem ainda outras tantas estruturas (que já se me varreram), como são disso ex., os vacúolos que se afiguram como armazéns, para manter a casa bem arrumada.
A organização desta estrutura fundamental é tanto mais assombrosa quanto mais se aprofunda o conhecimento da mesma. Em particular, o DNA como linguagem precisa e democrática serve esta máquina comum a tudo o que respira (vegetais incluídos). Desde a silenciosa alface, à colorida borboleta, passando pelo pesado elefante e acabando em nós que providos de inteligência temos o privilégio adicional de nos surpreender e interrogar sobre todas as coisas.
Chega-se inevitavelmente à questão de lhe conhecer a autoria. Deus? Em última análise este último teria que congregar muitos saberes mas tendo em conta as competências grandiosas que lhe são atribuídas e, toda uma eternidade pela frente, até que se poderia encaixar este sucesso de barato e ficávamos descansados…
Contudo ocorrem-me ainda uma ou duas questões. Sendo o Dito, de certo, uma entidade de bom gosto o que é que o terá motivado, milhares de anos depois (como podem atestar os fosseis datados pelo carbono 12 e 14) a uma organização incipiente dos humanos e, ainda, ter tido “élan” para mandar uns recaditos à irmã Lúcia?!