Temos um novo familiar. Para nós nasceu em Outubro de 2007, mas conta já com 3 anos e picos. No dia 7 foi a primeira vez que o vi e só prendo este pormenor ao texto porque é um dos meus dias da sorte.
É uma experiência nova para todos. O engraçado é que me parece que é ele quem a estranha menos, pelo menos é de todos, quem se movimenta com maior simplicidade.
Chama-se Hugo. Tem um rosto bem desenhado, olhos atentos e é um salta-pocinhas. É muito afectuoso e distribui as palavras mãe, pai e mana com muita naturalidade. Mostra um atitude de quem com despretensão se sabe criança e, sem espinhas, é merecedor de afecto. Ponto final parágrafo. Este perfil prenuncia-lhe uma boa vida.
As primas acharam-lhe imensa graça e estão num entusiasmo só. A Rita encontra-se em declarado estado de choque mas o que tem de bom é que não disfarça nada. O que ela irá ganhar com um irmão é muito difícil explicar-lhe de momento. Também para ela vai começar uma nova vida que a fará crescer. A luta por merecer os afectos, na base da concorrência.
Vá lá agora desengomem-se e toca a mostrar o melhor.
A pulso, ficarão a saber que os manos (salvo muito raras excepções) são os seres mais estúpidos e irritantes do mundo a quem se desculpa tudo, mesmo quando são mesmo, os seres mais estúpidos e irritantes do mundo.
Será que a palavra – manos, tem origem em mãos? Assim sendo será que isso quererá dizer dar as mãos. Faz sentido.
Tia da Rita-ritona e do Hugo-sugo.
[A mão de meu irmão desenha um jardim
e ele surge da pedra. Há uma estrela no pátio.
Uma estrela de rosa e de gerânio.
Mas seu perfume não me encanta a mim.
O que respiro é a glória de meu mano.
Carlos Drummond de Andrade]
1 comentário:
eu cem esperiência, digo que às vezes os irmões arrebentam a paciencia a qualquer um. Muita aos paes.
A analogia com as mãos é tão poética como em muitos casos verdadeira.
Quanto ao Hugo, gostav de conhecer esse tratante...
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