Deveríamos chegar entre as 7:30 e as 8:00 certos de que seria só sentar e entre duas garfadas de “bacalhau com todos” lamentar estar cá em Lisboa.
Pois é meus meninos mas não foi assim. Quando entrámos em casa e ainda ofuscados com as luzes das luzes dos enfeites de Natal ficámos atónitos com uma realidade bem diferente. O jantar longe de estar pronto, a mesa por pôr e no ar um cheiro a naftalina de desentupir o nariz das pedras da calçada.
Abrimos e fechamos os olhos com força para eliminar a possibilidade de efeitos colaterais da inalação de tamanha concentração de naftalina. Como permaneceu tudo na mesma tivemos que redireccionar as ordens no cérebro e adaptarmo-nos rapidamente aquela nova realidade.
A azáfama começou e como o atraso era cada vez maior e tivemos todos que alinhar digamos que foi, para soar com a data, muito solidário.
O João assumiu o comando velado pois não podia assinar a realização… Não houve erros de casting, estavam lá todos os do costume. O problema foi mandar entrar o bacalhau, as batatas e as couves para as respectivas panelas ao mesmo tempo que se escolhiam as travessas para por as fatias douradas, os sonhos entre todos os outros. O vinho do Figue aberto com a devida antecedência teve mais que tempo para respirar e chegou mesmo a soltar um profundo suspiro quando chegou à mesa.
Não esteve tudo perfeito, por exemplo estávamos a acabar o dito bacalhau quando finalmente chegou à mesa o cesto do pão que em consequência não chegou a conhecer as entradas.
Seguiu-se, sem ter que esperar pela meia-noite o take final de abertura de prendas. Como ia boa a disposição toda a gente gostou do que recebeu e pronto deu-se por fim esta festa que trás sempre tantos dissabores porque reunir a família só nos filmes (e duvidosos…) é que é cor-de-rosa.
domingo, 28 de dezembro de 2008
domingo, 21 de dezembro de 2008
Refresh _final 2008
M. 2º tentativa de deixar de fumar com inicio em 26 de Novembro 08. Sem deslizes até à data.
J. não larga a Laurindinha que continua imparável desde Setembro / até já tem 1 capinha de chuva
K aposta em laço luso brasileiro
J ninã / ida a Coimbra adiada por duas vezes
L. ninã /óculos / ligeira miopia
H. pensa na reforma com mais atitude
ML e netas – fim de semana em Évora (vários luxos).
D. voo rasante em Outubro com promessa de regressar rápidamente ao que fingimos todos acreditar
5º esq em choque por passar Natal em Lx
J. não larga a Laurindinha que continua imparável desde Setembro / até já tem 1 capinha de chuva
K aposta em laço luso brasileiro
J ninã / ida a Coimbra adiada por duas vezes
L. ninã /óculos / ligeira miopia
H. pensa na reforma com mais atitude
ML e netas – fim de semana em Évora (vários luxos).
D. voo rasante em Outubro com promessa de regressar rápidamente ao que fingimos todos acreditar
5º esq em choque por passar Natal em Lx
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Completed!
Estávamos tão entusiasmados com a viajem para Londres que a páginas tantas vimo-nos a braços com 8 passagens aéreas marcadas online para o mesmo dia e quase para a mesma hora, para nós que somos 4. Em suma, tudo confirmado e pago em duplicado. Uma low cost e outra mais jeitosinha já que aterra no aeroporto mais perto Londres. A primeira, no entanto, usufrui de um seguro de cadáver que não sabendo bem o que isso quer dizer, o custo acrescido foi desde logo assumido com um certo orgulho.
Esta clonagem reservativa decorreu na 3ª reunião de preparação da viagem definida que estava a composição do grupo: children's free. Este pequeno conflito deu origem a um breve tiroteio de culpas após o qual se redesenhou com facilidade a estratégia de anulação da “reserva jeitosinha”. No dia seguinte, ao contrário do que se esperava, a anulação foi canja e agora lá vamos nós em low cost.
Quanto ao alojamento também foi tudo reservado à distância da tecla do computador. Cabe referir neste particular que perante a descrição sumária do hotel no universo virtual, se instalaram algumas dúvidas. Para tal, tivemos que nos socorrer do velho telefone para confirmar da exclusividade quanto à serventia da casa de banho. Também é low cost, mas não é de todos o pior e, se o escolhemos é porque nos pareceu o menos piroso. Além disso no mapa apresenta-se equidistante de todos os museus importantes de Londres o que desde logo é uma virtude virtual que concordámos em acreditar….
Ainda não estamos certos se podemos levar malas. Aliás, ainda falta reservar a camioneta que nos levará do aeroporto até à cidade ao longo de 70 km por 2 libras e 50 pences (!?). Tudo online, claro!
No encalço de Mark Rothko (we hope to be continued)
Esta clonagem reservativa decorreu na 3ª reunião de preparação da viagem definida que estava a composição do grupo: children's free. Este pequeno conflito deu origem a um breve tiroteio de culpas após o qual se redesenhou com facilidade a estratégia de anulação da “reserva jeitosinha”. No dia seguinte, ao contrário do que se esperava, a anulação foi canja e agora lá vamos nós em low cost.
Quanto ao alojamento também foi tudo reservado à distância da tecla do computador. Cabe referir neste particular que perante a descrição sumária do hotel no universo virtual, se instalaram algumas dúvidas. Para tal, tivemos que nos socorrer do velho telefone para confirmar da exclusividade quanto à serventia da casa de banho. Também é low cost, mas não é de todos o pior e, se o escolhemos é porque nos pareceu o menos piroso. Além disso no mapa apresenta-se equidistante de todos os museus importantes de Londres o que desde logo é uma virtude virtual que concordámos em acreditar….
Ainda não estamos certos se podemos levar malas. Aliás, ainda falta reservar a camioneta que nos levará do aeroporto até à cidade ao longo de 70 km por 2 libras e 50 pences (!?). Tudo online, claro!
No encalço de Mark Rothko (we hope to be continued)
domingo, 21 de setembro de 2008
Adeus formigas by EMG
Solução eficaz para eliminar formigas na cozinha sem recorrer a insecticidas que são perigosos quando utilizados em superfícies que contactam directamente com os alimentos.
Passar sobre o local onde elas enfileiram um pano embebido em sonasol verde amoniacal.
Passar sobre o local onde elas enfileiram um pano embebido em sonasol verde amoniacal.
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Nº1
Na travessa das almas existe a casa de todas as fantasias. Tortuosa deixa cada um de nós nos seus extremos desnivelados.
O pátio andaluz-ó-arabe, em cor caladril (para quem não sabe é a cor de um antigo elixir eficaz em qualquer prurido), consegue albergar num pequeno espaço, umas escadas, um palco ainda que modesto e umas arcadas a limitar a área debaixo de telha. Uma das paredes mostra, no 1º andar, um varandim em estilo Romeu e Julieta. Assinalam-se também a presença de umas pedras disformes e meias esquizofrénicas, quer no parapeito de uma das janelas quer a sobressair de uma das paredes. As mesmas confundem os visitantes mais inseguros na medida em que lembram vestígios históricos que se procuraram preservar com muita sabedoria. O gradil com pilastras bojudas, em alvenaria, a cercar a casa de cima desafina, de mais, no todo e tanto quanto se sabe tem os dias contados.
A porta de entrada da casa propriamente dita, expõe vigorosamente os nós da madeira em estilo “pub” sugerindo a inscrição “reservado o direito de admissão”. Logo à entrada avistam-se, através de abertura na parede em estilo janelinha (desnecessária), umas escadas de mármore que sobem e desaparecem ao curvar para a direita. Não são muito felizes mas é por elas que vou para o meu quarto.
De frente para as ditas e descaindo ligeiramente o olhar para a direita abre-se o espaço da cozinha e o único da casa que fica à cota do pátio. A zona de trabalho culinário, com iluminação a partir de focos direccionados, desenvolve-se para além de uma bancada de laboratório de química encimada por uma pedra preta sumptuosa. Essa sim de verdadeiro cariz cultural pelo que testemunhou, no lombo, em experiências analíticas, em prol, do saber cientifico. Do lado de cá, uma mesa redonda de mármore branco faz o convívio dos residentes, sobretudo sob a luz da manhã estreitada por uma pequena janela. Não muito distante dela, o louceiro de Melgaço demonstra as nossas raízes minhotas. Hoje, no sul, vive em azáfama permanente tal é o atafulhanço por dentro e por fora. Muitas vezes socorre-se da mesinha de chá que a ladeia porque há limites para tudo. O chão oleia qualquer olhadela por mais breve que seja e aguarda resolução urgente.
Admitindo a cozinha como o corpo principal de uma árvore podemos subir e descer para conhecer os respectivos braços e ramos. Um dos braços sobe para o quarto K. Equipado no estilo único do seu principal residente apresenta-se sem espaço útil de passagem. Conta com tudo e mais umas botas, inclusivamente com o melhor Hi Fi da casa o que não dá jeito nenhum considerando que a propagação das ondas sonoras enfraquece com a distância. Um outro braço serve-se das escadas de mármore e eleva-se até ao 1º andar dando origem ao quarto M. Pouco mais do que uma cama, uma mesa e uma cadeira. Neste o maior problema reside na dimensão da cama que não confere em medidas com o colchão do norte deixando de ambos os lados fossos extremamente perigosos.
Um terceiro braço desce (sem corrimão) para o salão grande e deixa avistar um leque gigantesco em madeira. Neste espaço perdem-se os móveis e dois sofás. Estes últimos devidamente direccionados para um nicho ridículo na parede que alberga a TV e uma aparelhagem de som “velha” que já na casa de Faro não funcionava bem. O chão de tijoleira é bonito e de fácil manutenção já que as irregularidades disfarçam bem areias e pêlos de cão (principalmente pelagem preta e raça cão de água). O maior dos seus problemas é que vê e deseja-se para admitir o fumo cuspido da salamandra, num dos seus cantos.
Uma outra divisão afunda ao lado do salão e presta-se a pouco mais do que uma mesa e meia dúzia de cadeiras. É toda forrada a madeira pintada de branco com mais um nicho na parede (quem teria esta mania dos nichos ainda gostava eu de saber). Faz lembrar uma salinha de chá. A serventia é pouca de Verão, no Inverno é onde se recebem as visitas para jantar.
Do salão desenvolve-se ainda um outro ramo que novamente a descer vai dar ao quarto da Avó Neste é possível ouvir o ranger da mobília de quarto do norte, das camas modernas das netas e o ressonar de todas.
A casa das máquinas e de arrumos em geral não tem nada de especial a não ser os kilos de chinelos de borracha (entre o 34 e o 43) que ficam lá esquecidos de um ano para o outro.
As casas de banho, a rematar cada quarto são todas inoperantes. Isto deve-se ao destempero da água que avança, amarela e fria nos canos, resistindo corajosamente diante de um esquentador que se diz inteligente. Perante o volume de queixas esta situação também está em consideração a breve trecho.
A topografia, a mistura de géneros e móveis que fomos arrastando daqui e dali é tão completamente delirante quanto encantadora.
Um exemplo de liberdade e tolerância.
O pátio andaluz-ó-arabe, em cor caladril (para quem não sabe é a cor de um antigo elixir eficaz em qualquer prurido), consegue albergar num pequeno espaço, umas escadas, um palco ainda que modesto e umas arcadas a limitar a área debaixo de telha. Uma das paredes mostra, no 1º andar, um varandim em estilo Romeu e Julieta. Assinalam-se também a presença de umas pedras disformes e meias esquizofrénicas, quer no parapeito de uma das janelas quer a sobressair de uma das paredes. As mesmas confundem os visitantes mais inseguros na medida em que lembram vestígios históricos que se procuraram preservar com muita sabedoria. O gradil com pilastras bojudas, em alvenaria, a cercar a casa de cima desafina, de mais, no todo e tanto quanto se sabe tem os dias contados.
A porta de entrada da casa propriamente dita, expõe vigorosamente os nós da madeira em estilo “pub” sugerindo a inscrição “reservado o direito de admissão”. Logo à entrada avistam-se, através de abertura na parede em estilo janelinha (desnecessária), umas escadas de mármore que sobem e desaparecem ao curvar para a direita. Não são muito felizes mas é por elas que vou para o meu quarto.
De frente para as ditas e descaindo ligeiramente o olhar para a direita abre-se o espaço da cozinha e o único da casa que fica à cota do pátio. A zona de trabalho culinário, com iluminação a partir de focos direccionados, desenvolve-se para além de uma bancada de laboratório de química encimada por uma pedra preta sumptuosa. Essa sim de verdadeiro cariz cultural pelo que testemunhou, no lombo, em experiências analíticas, em prol, do saber cientifico. Do lado de cá, uma mesa redonda de mármore branco faz o convívio dos residentes, sobretudo sob a luz da manhã estreitada por uma pequena janela. Não muito distante dela, o louceiro de Melgaço demonstra as nossas raízes minhotas. Hoje, no sul, vive em azáfama permanente tal é o atafulhanço por dentro e por fora. Muitas vezes socorre-se da mesinha de chá que a ladeia porque há limites para tudo. O chão oleia qualquer olhadela por mais breve que seja e aguarda resolução urgente.
Admitindo a cozinha como o corpo principal de uma árvore podemos subir e descer para conhecer os respectivos braços e ramos. Um dos braços sobe para o quarto K. Equipado no estilo único do seu principal residente apresenta-se sem espaço útil de passagem. Conta com tudo e mais umas botas, inclusivamente com o melhor Hi Fi da casa o que não dá jeito nenhum considerando que a propagação das ondas sonoras enfraquece com a distância. Um outro braço serve-se das escadas de mármore e eleva-se até ao 1º andar dando origem ao quarto M. Pouco mais do que uma cama, uma mesa e uma cadeira. Neste o maior problema reside na dimensão da cama que não confere em medidas com o colchão do norte deixando de ambos os lados fossos extremamente perigosos.
Um terceiro braço desce (sem corrimão) para o salão grande e deixa avistar um leque gigantesco em madeira. Neste espaço perdem-se os móveis e dois sofás. Estes últimos devidamente direccionados para um nicho ridículo na parede que alberga a TV e uma aparelhagem de som “velha” que já na casa de Faro não funcionava bem. O chão de tijoleira é bonito e de fácil manutenção já que as irregularidades disfarçam bem areias e pêlos de cão (principalmente pelagem preta e raça cão de água). O maior dos seus problemas é que vê e deseja-se para admitir o fumo cuspido da salamandra, num dos seus cantos.
Uma outra divisão afunda ao lado do salão e presta-se a pouco mais do que uma mesa e meia dúzia de cadeiras. É toda forrada a madeira pintada de branco com mais um nicho na parede (quem teria esta mania dos nichos ainda gostava eu de saber). Faz lembrar uma salinha de chá. A serventia é pouca de Verão, no Inverno é onde se recebem as visitas para jantar.
Do salão desenvolve-se ainda um outro ramo que novamente a descer vai dar ao quarto da Avó Neste é possível ouvir o ranger da mobília de quarto do norte, das camas modernas das netas e o ressonar de todas.
A casa das máquinas e de arrumos em geral não tem nada de especial a não ser os kilos de chinelos de borracha (entre o 34 e o 43) que ficam lá esquecidos de um ano para o outro.
As casas de banho, a rematar cada quarto são todas inoperantes. Isto deve-se ao destempero da água que avança, amarela e fria nos canos, resistindo corajosamente diante de um esquentador que se diz inteligente. Perante o volume de queixas esta situação também está em consideração a breve trecho.
A topografia, a mistura de géneros e móveis que fomos arrastando daqui e dali é tão completamente delirante quanto encantadora.
Um exemplo de liberdade e tolerância.
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Malcolm Chazal
1
Todas
As cavernas
Tossiram neste inverno.
2
A última
Sensação
Do enforcado
É
Que lhe
Arrancaram
Os pés.
3
A sombra
É
A mala
Do espaço.
4
A água no dique
Tinha
Gestos
De hipopótamo.
5
Cada
Pássaro
Tem a cor
Do seu grito.
6
O ovo
Todo
Queixos.
7
Fazia Calor.
A chuva
Deixou
Cair
As calças.
8
Os animais
Sorriem
Quando
Bebem.
9
O horizonte
Nunca
Dá um passo
A mais.
10
A água
Nunca
Deu
Um buraco
Total.
11
O remorso
Sui
Cidou-se.
12
Os
Burgueses
Não conseguiram
Nunca
Emburguesar
O
Penico.
13
O boi
julga-se
Mosca
Quando
O picam.
14
Os homens
Crúeis
São
Um pouco
Palhaços.
15
Sua mais bela desordem
Eram as coxas.
16
A pedra fica surda
Quando é batida.
17
Nos quadros
Cubistas
A luz
Joga
Ao loto.
18
Os pássaros
Presas do medo
Quando voam
Têm o ar
De nadar.
19
O clarim
É o galo
Que ultrapassou
Seu próprio
Grito.
20
Rir c
Contrariado
Põe
O dente
Magro.
citado in "Uma coisa em forma de assim" Alexandre O'Neill, p.39. Assírio & Alvim
Todas
As cavernas
Tossiram neste inverno.
2
A última
Sensação
Do enforcado
É
Que lhe
Arrancaram
Os pés.
3
A sombra
É
A mala
Do espaço.
4
A água no dique
Tinha
Gestos
De hipopótamo.
5
Cada
Pássaro
Tem a cor
Do seu grito.
6
O ovo
Todo
Queixos.
7
Fazia Calor.
A chuva
Deixou
Cair
As calças.
8
Os animais
Sorriem
Quando
Bebem.
9
O horizonte
Nunca
Dá um passo
A mais.
10
A água
Nunca
Deu
Um buraco
Total.
11
O remorso
Sui
Cidou-se.
12
Os
Burgueses
Não conseguiram
Nunca
Emburguesar
O
Penico.
13
O boi
julga-se
Mosca
Quando
O picam.
14
Os homens
Crúeis
São
Um pouco
Palhaços.
15
Sua mais bela desordem
Eram as coxas.
16
A pedra fica surda
Quando é batida.
17
Nos quadros
Cubistas
A luz
Joga
Ao loto.
18
Os pássaros
Presas do medo
Quando voam
Têm o ar
De nadar.
19
O clarim
É o galo
Que ultrapassou
Seu próprio
Grito.
20
Rir c
Contrariado
Põe
O dente
Magro.
citado in "Uma coisa em forma de assim" Alexandre O'Neill, p.39. Assírio & Alvim
quarta-feira, 23 de julho de 2008
O TÍTULO
Felizmente Há Luar! cf (http://www.prof2000.pt/users/jsafonso/Port/luar.htm) “O título da peça aparece duas vezes ao longo da peça, ora inserido nas falas de um dos elementos do poder – D. Miguel – ora inserido na fala final de Matilde. Em primeiro lugar é curioso e simbólico o facto de o título coincidir com as palavras finais da obra, o que desde logo lhe confere circularidade.
1) página 131 – D. Miguel: salientando o efeito dissuasor das execuções, querendo que o castigo de Gomes Freire se torne num exemplo
2) página 140 – Matilde: na altura da execução são proferidas palavras de coragem e estímulo, para que o povo se revolte contra a tirania
Num primeiro momento, o título representa as trevas e o obscurantismo; num segundo momento, representa a caminhada da sociedade em busca da liberdade.
Como facilmente se constata a mesma frase é proferida por personagens pertencentes a mundos completamente opostos: D. Miguel, símbolo do poder, e Matilde, símbolo da resistência e do antipoder. Porém o sentido veiculado pelas mesmas palavras altera-se em virtude de uma afirmação dar lugar a uma eufórica exclamação
Para D. Miguel, o luar permitiria que as pessoas vissem mais facilmente o clarão da fogueira, isso faria com que elas ficassem atemorizadas e percebessem que aquele é o fim ultimo de quem afronta o regime. A fogueira teria um efeito dissuasor.
Para Matilde, estas palavras são fruto de um sofrimento interiorizado reflectido, são a esperança e o não conformismo nascidos após a revolta, a luz que vence as trevas, a vida que triunfa da morte. A luz do luar (liberdade) vencerá a escuridão da noite (opressão) e todos poderão contemplar, enfim, a injustiça que está a ser praticada e tirar dela ilações.
Há que imperiosamente lutar no presente pelo futuro e dizer não à opressão e falta de liberdade, há que seguir a luz redentora e trilhar um caminho novo.”
Agora eu: no fundo o que tentava dizer-lhe é que estava mais com a Matilde (pg 140) do que com o D.Miguel (pg 131). Afinal estão lá os dois sentidos (o facto e a ideia).
Tinha que ser pela boca de uma mulher.
1) página 131 – D. Miguel: salientando o efeito dissuasor das execuções, querendo que o castigo de Gomes Freire se torne num exemplo
2) página 140 – Matilde: na altura da execução são proferidas palavras de coragem e estímulo, para que o povo se revolte contra a tirania
Num primeiro momento, o título representa as trevas e o obscurantismo; num segundo momento, representa a caminhada da sociedade em busca da liberdade.
Como facilmente se constata a mesma frase é proferida por personagens pertencentes a mundos completamente opostos: D. Miguel, símbolo do poder, e Matilde, símbolo da resistência e do antipoder. Porém o sentido veiculado pelas mesmas palavras altera-se em virtude de uma afirmação dar lugar a uma eufórica exclamação
Para D. Miguel, o luar permitiria que as pessoas vissem mais facilmente o clarão da fogueira, isso faria com que elas ficassem atemorizadas e percebessem que aquele é o fim ultimo de quem afronta o regime. A fogueira teria um efeito dissuasor.
Para Matilde, estas palavras são fruto de um sofrimento interiorizado reflectido, são a esperança e o não conformismo nascidos após a revolta, a luz que vence as trevas, a vida que triunfa da morte. A luz do luar (liberdade) vencerá a escuridão da noite (opressão) e todos poderão contemplar, enfim, a injustiça que está a ser praticada e tirar dela ilações.
Há que imperiosamente lutar no presente pelo futuro e dizer não à opressão e falta de liberdade, há que seguir a luz redentora e trilhar um caminho novo.”
Agora eu: no fundo o que tentava dizer-lhe é que estava mais com a Matilde (pg 140) do que com o D.Miguel (pg 131). Afinal estão lá os dois sentidos (o facto e a ideia).
Tinha que ser pela boca de uma mulher.
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Oportunidade_fim-de-semana
sexta-feira, 4 de julho de 2008
Viagem ao Oeste Verão 08
Uma avó e três netas
Uma residencial com águas correntes, mais frias do que quentes
Um roteiro cultural pré estabelecido e escrupulosamente cumprido
A experiência cabal de que as praias do Norte são as mais frias de Portugal
Um final aventuroso mais pelo frisson do que pelo perigoso
Um regresso triunfante de táxi,
Brilhante!
A Avó, entretanto restabelecida, encontra-se em trânsito para sul empreendendo outro desafio não menos corajoso já que se fará acompanhar pelo mesmo pacote de netas.
A melhor Avó é aquela que tem a capacidade de nos surpreender a todos.
Obrigada Mãe quer por elas, quer por mim pois já não as posso ver nem com molho de tomate
quinta-feira, 26 de junho de 2008
Como fazer elásticos para prender o cabelo sem sair de casa
1 par de colans (há quem lhes chame meias calças) com malhas caídas e em vias de ir para o lixo. Todas as cores são admitidas com excepção da “cor de pele”.
Ferramenta: tesoura podendo ser a da cozinha caso não se encontre a caixa de costura com facilidade.
Os cortes deverão ser desferidos, sem hesitação, posicionando o plano de referência da ferramenta na direcção perpendicular ao sentido das pernas dos colans.
As argolas resultantes e de várias dimensões (mais pequenas nas zonas dos tornozelos quando são de melhor qualidade e acompanham a anatomia natural da perna) tendem a enrolar-se nas extremidades dispensando bainhas.
Testemunhos: Resultados fantásticos em cabelos rebeldes com tendência a secos.
una idea original de Pepa
Ferramenta: tesoura podendo ser a da cozinha caso não se encontre a caixa de costura com facilidade.
Os cortes deverão ser desferidos, sem hesitação, posicionando o plano de referência da ferramenta na direcção perpendicular ao sentido das pernas dos colans.
As argolas resultantes e de várias dimensões (mais pequenas nas zonas dos tornozelos quando são de melhor qualidade e acompanham a anatomia natural da perna) tendem a enrolar-se nas extremidades dispensando bainhas.
Testemunhos: Resultados fantásticos em cabelos rebeldes com tendência a secos.
una idea original de Pepa
sábado, 21 de junho de 2008
Pepa&Pepina
Havia 2 meninas que divergiam entre si de alguns centímetros e que chegaram ao fim deste ano lectivo com o maior sucesso.
Posso afirmar com a máxima isenção e absoluta imparcialidade que eram as mais bonitas do mundo…
Uma, a mais comprida, amontoou boas notas como nunca nenhum dos progenitores haviam algum dia experimentado. E o mais engraçado é que por mérito próprio assumindo um entendimento claro da importância destas coisas sem obrigar a injecções chatas nesse sentido. Mas acima de tudo conseguiu-o num ano cheio de sobressaltos pessoais, tendo conseguindo ultrapassá-los um por um. Quando parecia não haver solução, zás! ela voltou na mesa a última carta invertendo o jogo em beleza. De uma força admirável. O estado de adolescente tendeu a agravar-se podendo considerar-se, no momento, de nível elevado a muito elevado. Os amigos é que sabem, “afrontança” permanente em casa, desarrumada a todas as horas, linguagem bué, gosto por música inaudível e tecla à velocidade da luz. Vá lá que aprendeu a gostar de vaguear nas lojas do chinês e similares tendo como única exigência griffs os ténis que não larga. Mantém um grande sentido de humor (100% soda caustica), muita criatividade e está uma figuraça de se lhe tirar o chapéu.
A outra, a mais baixinha, acumulou bons resultados escolares com uma diversidade de extras, sempre na maior e em estilo “cabriolado” Lu. Limpou dois cursos de xadrez, desenvolveu as actividades de Judoca com participação em torneios, direito a medalha, passagem de cinto e elogios da malta que percebe destas coisas. A escultura em co-autoria com o Tio K durante as longas tardes de sábado, é outro exemplo a louvar e já pode ser admirada na sala de estar. É tão universalmente popular que dificilmente a agarramos em casa porque passa muitos fins-de-semana fora. Identifica ainda alguma dificuldade na gestão de escovas de dentes a que este dinamismo obriga. Conquistou isto tudo sempre na maior doçura com todos, sem excepção, e quando arrisca ser agreste não convence ninguém. É o único elemento da família que partilha comigo os momentos zen do yoga. Ainda alinha nas leituras alto e/ou nas conversas “sobre o dia” após o que adormecemos juntas (eu 1’s minutos depois). Continua a deitar corpo e linda de se ver.
Ainda bem que ainda vivemos todos uns em cima dos outros.
Posso afirmar com a máxima isenção e absoluta imparcialidade que eram as mais bonitas do mundo…
Uma, a mais comprida, amontoou boas notas como nunca nenhum dos progenitores haviam algum dia experimentado. E o mais engraçado é que por mérito próprio assumindo um entendimento claro da importância destas coisas sem obrigar a injecções chatas nesse sentido. Mas acima de tudo conseguiu-o num ano cheio de sobressaltos pessoais, tendo conseguindo ultrapassá-los um por um. Quando parecia não haver solução, zás! ela voltou na mesa a última carta invertendo o jogo em beleza. De uma força admirável. O estado de adolescente tendeu a agravar-se podendo considerar-se, no momento, de nível elevado a muito elevado. Os amigos é que sabem, “afrontança” permanente em casa, desarrumada a todas as horas, linguagem bué, gosto por música inaudível e tecla à velocidade da luz. Vá lá que aprendeu a gostar de vaguear nas lojas do chinês e similares tendo como única exigência griffs os ténis que não larga. Mantém um grande sentido de humor (100% soda caustica), muita criatividade e está uma figuraça de se lhe tirar o chapéu.
A outra, a mais baixinha, acumulou bons resultados escolares com uma diversidade de extras, sempre na maior e em estilo “cabriolado” Lu. Limpou dois cursos de xadrez, desenvolveu as actividades de Judoca com participação em torneios, direito a medalha, passagem de cinto e elogios da malta que percebe destas coisas. A escultura em co-autoria com o Tio K durante as longas tardes de sábado, é outro exemplo a louvar e já pode ser admirada na sala de estar. É tão universalmente popular que dificilmente a agarramos em casa porque passa muitos fins-de-semana fora. Identifica ainda alguma dificuldade na gestão de escovas de dentes a que este dinamismo obriga. Conquistou isto tudo sempre na maior doçura com todos, sem excepção, e quando arrisca ser agreste não convence ninguém. É o único elemento da família que partilha comigo os momentos zen do yoga. Ainda alinha nas leituras alto e/ou nas conversas “sobre o dia” após o que adormecemos juntas (eu 1’s minutos depois). Continua a deitar corpo e linda de se ver.
Ainda bem que ainda vivemos todos uns em cima dos outros.
domingo, 8 de junho de 2008
Agonia
Logo agora que tínhamos entregue o irs e que a inspecção do carro ainda vem longe começaram os santos. Não há descanso, porra!
O arraial entra-nos casa adentro pela janela das traseiras. Como os ventos estão de feição para além do martelado do acordeão e do órgão eléctrico até dá para perceber as letras das cançonetas.
Já não sei o que é pior se o conjunto ao vivo se a música gravada em entremeada continua até às 2 da manhã.
Tenho para aqui uma roupa para estender mas vou deixar para amanhã. É que o estendal dá para as traseiras.
O arraial entra-nos casa adentro pela janela das traseiras. Como os ventos estão de feição para além do martelado do acordeão e do órgão eléctrico até dá para perceber as letras das cançonetas.
Já não sei o que é pior se o conjunto ao vivo se a música gravada em entremeada continua até às 2 da manhã.
Tenho para aqui uma roupa para estender mas vou deixar para amanhã. É que o estendal dá para as traseiras.
terça-feira, 27 de maio de 2008
Mensagem para Glorinha
Não podemos estar presentes pq estamos a “olhar” pela adolescente de serviço.
E ainda por cima os scones das vicentinas são tão bons.
Com o passar louco dos dias tenho a impressão que os próximos directos vão ser acompanhados com bolas de Berlim (sem creme porque não somos inconscientes de todo) e, claro, rodeadas de corte-reais, generais e coisas que tais.
Dos tiroliros que muito a estimam
Mil beijos e o poema que se segue,
Pudesse Eu
Pudesse eu não ter laços
nem limites
Ó vida de mil faces
Transbordantes
Para poder responder
aos teus convites
Suspensos na surpresa
dos instantes!
Sophia de Mello Breyner Andreson
E ainda por cima os scones das vicentinas são tão bons.
Com o passar louco dos dias tenho a impressão que os próximos directos vão ser acompanhados com bolas de Berlim (sem creme porque não somos inconscientes de todo) e, claro, rodeadas de corte-reais, generais e coisas que tais.
Dos tiroliros que muito a estimam
Mil beijos e o poema que se segue,
Pudesse Eu
Pudesse eu não ter laços
nem limites
Ó vida de mil faces
Transbordantes
Para poder responder
aos teus convites
Suspensos na surpresa
dos instantes!
Sophia de Mello Breyner Andreson
sexta-feira, 23 de maio de 2008
decorando a casa_2
Inventário
Um dente douro
a rir dos panfletos
Um marido afinal ignorante
Dois corvos mesmo muito pretos
Um polícia que diz que garante
A costureira muito desgraçada
Uma máquina infernal de fazer fumo
Um professor que não sabe quase nada
Um colossalmente bom aluno
Um revolver
já desiludido
Uma criança doida de alegria
Um imenso tempo perdido
Um adepto da simetria
Um conde que
cora ao ser condecorado
Um homem que ri de tristeza
Um amante perdido encontrado
Um gafanhoto chamado surpresa
O desertor
cantando no coreto
Um malandrão que vem pe-ante-pé
Um senhor vestidíssimo de preto
Um organista que perde a fé
Um sujeito
enganando os amorosos
Um cachimbo cantando a marselhesa
Dois detidos de fato perigosos
Um instantinho de beleza
Um octogenário
divertido
Um menino colecionando estampas
Um congressista que diz Eu não prossigo
Uma velha que morre a páginas tantas
in:No
Reino Da Dinamarca(1958)
Alexandre Delgado O'Neill
Um dente douro
a rir dos panfletos
Um marido afinal ignorante
Dois corvos mesmo muito pretos
Um polícia que diz que garante
A costureira muito desgraçada
Uma máquina infernal de fazer fumo
Um professor que não sabe quase nada
Um colossalmente bom aluno
Um revolver
já desiludido
Uma criança doida de alegria
Um imenso tempo perdido
Um adepto da simetria
Um conde que
cora ao ser condecorado
Um homem que ri de tristeza
Um amante perdido encontrado
Um gafanhoto chamado surpresa
O desertor
cantando no coreto
Um malandrão que vem pe-ante-pé
Um senhor vestidíssimo de preto
Um organista que perde a fé
Um sujeito
enganando os amorosos
Um cachimbo cantando a marselhesa
Dois detidos de fato perigosos
Um instantinho de beleza
Um octogenário
divertido
Um menino colecionando estampas
Um congressista que diz Eu não prossigo
Uma velha que morre a páginas tantas
in:No
Reino Da Dinamarca(1958)
Alexandre Delgado O'Neill
decorando a casa_1
A Bicicleta
O meu marido
saiu de casa no dia
25 de Janeiro. Levava uma bicicleta
a pedais, caixa de ferramenta de pedreiro,
vestia calças azuis de zuarte, camisa verde,
blusão cinzento, tipo militar, e calçava
botas de borracha e tinha chapéu cinzento
e levava na bicicleta um saco com uma manta
e uma pele de ovelha, um fogão a petróleo
e uma panela de esmalte azul.
Como não tive mais notícias, espero o pior.
Alexandre O'Neill
in:As
horas já de números vestidas(1981)
O meu marido
saiu de casa no dia
25 de Janeiro. Levava uma bicicleta
a pedais, caixa de ferramenta de pedreiro,
vestia calças azuis de zuarte, camisa verde,
blusão cinzento, tipo militar, e calçava
botas de borracha e tinha chapéu cinzento
e levava na bicicleta um saco com uma manta
e uma pele de ovelha, um fogão a petróleo
e uma panela de esmalte azul.
Como não tive mais notícias, espero o pior.
Alexandre O'Neill
in:As
horas já de números vestidas(1981)
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Definição de Avó
Artigo redigido por uma menina de 8 anos e publicado no Jornal do Cartaxo. Uma delícia!
'Uma Avó é uma mulher que não tem filhos, por isso gosta dos filhos dos outros.
As Avós não têm nada para fazer, é só estarem ali.
Quando nos levam a passear, andam devagar e não pisam as flores bonitas nem as lagartas.
Nunca dizem 'Despacha-te!'. Normalmente são gordas, mas mesmo assim conseguem apertar-nos os sapatos.
Sabem sempre que a gente quer mais uma fatia de bolo ou uma fatia maior.
As Avós usam óculos e às vezes até conseguem tirar os dentes.
Quando nos contam historias, nunca saltam bocados e nunca se importam de contar a mesma história várias vezes.
As Avós são as únicas pessoas grandes que têm sempre tempo.
Não são tão fracas como dizem, apesar de morrerem mais vezes do que nós.
Toda a gente deve fazer o possível por ter uma Avó, sobretudo se não tiver Televisão'.
'Uma Avó é uma mulher que não tem filhos, por isso gosta dos filhos dos outros.
As Avós não têm nada para fazer, é só estarem ali.
Quando nos levam a passear, andam devagar e não pisam as flores bonitas nem as lagartas.
Nunca dizem 'Despacha-te!'. Normalmente são gordas, mas mesmo assim conseguem apertar-nos os sapatos.
Sabem sempre que a gente quer mais uma fatia de bolo ou uma fatia maior.
As Avós usam óculos e às vezes até conseguem tirar os dentes.
Quando nos contam historias, nunca saltam bocados e nunca se importam de contar a mesma história várias vezes.
As Avós são as únicas pessoas grandes que têm sempre tempo.
Não são tão fracas como dizem, apesar de morrerem mais vezes do que nós.
Toda a gente deve fazer o possível por ter uma Avó, sobretudo se não tiver Televisão'.
sexta-feira, 25 de abril de 2008
sábado, 19 de janeiro de 2008
Célula
Delimitada por uma barreira selectiva qb para só deixar entrar e/ou sair aquilo que quer. Portas adentro, um núcleo tb ele circunscrito pela importância das suas funções de comando, e a partir do qual se emanam ordens explícitas para a correcta articulação de todas as funções que dão corpo ao propósito inicial para a qual foi previamente programada (comunicação em linguagem DNA). A dádiva individual, num contínuo e inaudito esforço para manutenção da sua existência viva, tem em conta o projecto mais amplo em que esta unidade básica se insere, ié, na estrutura tecido (animal ou vegetal).
Toda e qualquer acção no seu interior, fica a cargo de inúmeras enzimAS (feminino!), entidades altamente especializadas nas mil e uma tarefas necessárias. De acordo com a imprescindibilidade das mesmas e da sua natureza predominantemente proteica, a célula não dispensa de centros de fabrico próprios (complexo de golgi, ribossomas, etc) para as suprir em continuo, alimentados por (bio)geradores energéticos (mitocôndrias). A saber, existem ainda outras tantas estruturas (que já se me varreram), como são disso ex., os vacúolos que se afiguram como armazéns, para manter a casa bem arrumada.
A organização desta estrutura fundamental é tanto mais assombrosa quanto mais se aprofunda o conhecimento da mesma. Em particular, o DNA como linguagem precisa e democrática serve esta máquina comum a tudo o que respira (vegetais incluídos). Desde a silenciosa alface, à colorida borboleta, passando pelo pesado elefante e acabando em nós que providos de inteligência temos o privilégio adicional de nos surpreender e interrogar sobre todas as coisas.
Chega-se inevitavelmente à questão de lhe conhecer a autoria. Deus? Em última análise este último teria que congregar muitos saberes mas tendo em conta as competências grandiosas que lhe são atribuídas e, toda uma eternidade pela frente, até que se poderia encaixar este sucesso de barato e ficávamos descansados…
Contudo ocorrem-me ainda uma ou duas questões. Sendo o Dito, de certo, uma entidade de bom gosto o que é que o terá motivado, milhares de anos depois (como podem atestar os fosseis datados pelo carbono 12 e 14) a uma organização incipiente dos humanos e, ainda, ter tido “élan” para mandar uns recaditos à irmã Lúcia?!
Toda e qualquer acção no seu interior, fica a cargo de inúmeras enzimAS (feminino!), entidades altamente especializadas nas mil e uma tarefas necessárias. De acordo com a imprescindibilidade das mesmas e da sua natureza predominantemente proteica, a célula não dispensa de centros de fabrico próprios (complexo de golgi, ribossomas, etc) para as suprir em continuo, alimentados por (bio)geradores energéticos (mitocôndrias). A saber, existem ainda outras tantas estruturas (que já se me varreram), como são disso ex., os vacúolos que se afiguram como armazéns, para manter a casa bem arrumada.
A organização desta estrutura fundamental é tanto mais assombrosa quanto mais se aprofunda o conhecimento da mesma. Em particular, o DNA como linguagem precisa e democrática serve esta máquina comum a tudo o que respira (vegetais incluídos). Desde a silenciosa alface, à colorida borboleta, passando pelo pesado elefante e acabando em nós que providos de inteligência temos o privilégio adicional de nos surpreender e interrogar sobre todas as coisas.
Chega-se inevitavelmente à questão de lhe conhecer a autoria. Deus? Em última análise este último teria que congregar muitos saberes mas tendo em conta as competências grandiosas que lhe são atribuídas e, toda uma eternidade pela frente, até que se poderia encaixar este sucesso de barato e ficávamos descansados…
Contudo ocorrem-me ainda uma ou duas questões. Sendo o Dito, de certo, uma entidade de bom gosto o que é que o terá motivado, milhares de anos depois (como podem atestar os fosseis datados pelo carbono 12 e 14) a uma organização incipiente dos humanos e, ainda, ter tido “élan” para mandar uns recaditos à irmã Lúcia?!
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