sexta-feira, 3 de agosto de 2007

PALAVRAS A MAIS....

Muitas palavras não fazem uma boa frase, livro, ideia ou mesmo uma boa justificação. Mas também podem fazer! O busílis não está na quantidade de palavras, embora, o poder de síntese que age como forma de as poupar, é em si, uma acção desejável, vejam-se os telegramas. Mas também poderá não ser! Veja-se um texto narrativo que surte belo pela descrição pormenorizada e cuja construção não se baseia na poupança de palavras.
A quantidade de palavras qb contidas nos textos, passa então por ajuizar um novo atributo dos mesmos que pondere aquela quantidade em função do objectivo que os norteou. Claro que só ganhamos exactidão se esta apreciação for quantificável(?!?).
O cálculo do número de palavras não levanta qualquer questão existindo mesmo uma funcionalidade disponível no word (barra de ferramentas) para o efeito. Porém haverá que inventar uma grandeza dimensional para imputar aos milhares de objectivos conhecidos, arranjando-lhes uma unidade de medida e um símbolo catita (por ex. obj_t, carecendo das necessárias negociações com o sistema internacional - SI). Para simplificar a tarefa (da infinitude de objectivos) será aconselhável a construção de uma tabela de classes para os mesmos (democrática), atribuindo-lhes um número (natural, inteiro e positivo!).
Eis então que nasce a razão denominada - coeficiente de garbo t (número de palavras pelo número da classe do objectivo). Terá reconhecidas vantagens didácticas sendo mesmo desejável a sua rápida introdução nos manuais escolares.
Quando o resultado for = 8 (porque não? é redondinho) teremos o chamado texto “compensado ou gracioso” de aprovação plena. Se o cálculo devolver um número <> 8, não haverá qualquer hesitação em classifica-lo de “obeso” (atender-se-á às excepções das descrições pormenorizadas e belas) e, aconselhar-se-á, de imediato o autor a proceder a cortes drásticos e a reflectir no uso abusivo das palavras.
(316, sem contar com o título) [24 de Fevereiro de 07]

1 comentário:

a glória do vulgar disse...

sinto-te a escrever exactamente pelo que julgo ser a razão fundamental da escrita: tentar perceber para que é que se escreve